Apresentação

Fala, pretaiada!

Por Belise Mofeoli

Essa revista de estreia é uma celebração à APAN (Associação de Profissionais do Audiovisual Negro) e a tudo o que ela representa: luta, felicidade, aquilombamento colocados em prática. Ao associar-se, a pessoa está escolhendo crescer coletivamente e temos diversas formas para que isso ocorra. Como membro da APAN, você pode ministrar cursos e conseguir acessos a cursos pela APAN Formações e o GT de Formação; pode ter espaço pro seu filme preto na TodesPlay e, claro,  informar-se sobre o mercado audiovisual e estar em contato com outras pessoas pretas, seja no dia-a-dia quanto em rede profissional na Raio. E, para que tudo isso se dê, temos os Grupos de Trabalho (GTs) que estão esperando por você para que nossa associação fique cada vez mais forte. Para que nós estejamos cada vez mais próximos. Para que o mercado audiovisual nunca mais possa alegar que “falta preto na área”.

Nesta edição nós vamos falar sobre a história da nossa Associação e como ela se organiza hoje, e também vamos apresentar em algumas seções: o texto de Eric Paiva sobre como a visibilidade representativa e autoral moldam o Afrofuturismo; a resenha de Rachel Aguiar, uma análise da obra Morte em Veneza e a decadência ideológica da burguesia com pinceladas da teoria contemporânea antirracista; o ensaio do nosso Clementino Junior; Belise Mofeoli, que parte de sua experiência no mercado audiovisual para refletir a importância negra na criação e em rede, além de entrevistas e mais.

A Revista APAN chega agora para ser nosso espaço seguro onde podemos discutir com os nossos (e também com aliados reais), externar anseios e, como reforçaremos, por aqui estamos e para sempre ficaremos. Asè!

Para não deixar em branco…

Da edição piloto para a “número 1”, a Revista APAN tem a mesma iniciativa, traz os mesmos conteúdos, mas com o tempo de maturação e uma cara nova, além de conteúdos inéditos. O bebê que firma os pés e ensaia os primeiros passos, fixa a visão e já olha de maneira livre e crítica o mundo. O produto desenvolvido no piloto começa a dialogar com seus autores e público e indicar o que quer e como quer ser lido. Como diria Chimamanda Ngozi Adichie “escolher escrever é rejeitar o silêncio”. E é muito bom quando o que escrevemos dialoga com todos. O primeiro é só o começo.

Conheça o conselho editorial da Revista APAN.

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