A APAN é Quilombo!

A valorização da negritude e a defesa dos interesses de uma perspectiva inclusiva, com atenção ao recorte racial em relação a todos os elos da cadeia produtiva audiovisual (concepção, produção, distribuição e exibição) são nossos pilares.

As pessoas

Tatiana Carvalho Costa

Presidente

Tatiana Carvalho Costa é realizadora, professora e pesquisadora. Doutoranda no PPGCOM/UFMG e professora no Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte, onde coordena o projeto de extensão PRETANÇA. Na UFMG, integra o grupo de pesquisa CORAGEM – Comunicação, Raça e Gênero. Participa do movimento segundaPRETA e colabora em mostras de cinema como curadora, programadora e júri.

Janaina Santos Oliveira

Vice-presidente

Janaína Oliveira ReFem – é Analista de RH da Raio Agency – APAN, também é roteirista, diretora e mestra em Cultura e Territorialidades pela Universidade Federal Fluminense. Seu trabalho mais recente é o premiado curta-metragem docficção Joãosinho da Goméa o Reido Candomblé, 2020/RJ. Outros trabalhos relevantes atuando como roteirista e diretora são: Videoclipe Vai ficar tudo bem, de Ella Fernandes, 2020; Vírus Africano – 2011, Websérie Programa Reconhecer – 2011 e o Documentário Rap de Saia – 2005. Foi júri dos Curtas-metragens Brasileiros, no 49° Festival de Cinema de Gramado, 2021.

Keyti Souza

Diretora Administrativa

Sócia-Diretora executiva da Têm Dendê Produções. Empresa com 21 anos de atuação, e mais de 100 horas de programações realizadas nos diversos segmentos, consolidando a atuação no Brasil como membro associado a Bravi – Brasil Audiovisual, Conne – Conexão Norte e Nordeste e APAN – Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro.

Keyti é formada em jornalismo e possui especialização em mídias digitais, gerencia projetos executivos em coprodução, e atua na prospecção de novos negócios, lei do audiovisual, editais e outras fontes de fomento. Atua ainda na produção executiva de projetos audiovisuais documentais e de ficção. Além disso, também realiza crítica ensaísta de obras audiovisuais, especialmente produzidas por países africanos.

Conselho

Rafael Ferreira

Conselho Norte

Rafael Ferreira, diretor da produtora Cine Diáspora, em Belém do Pará, e gerente de licenciamento e suporte no streaming TODESPLAY. Possui mais de 10 anos no audiovisual, trabalhou em cerca de oito filmes, sete curtas e um longa, premiado pela UNESCO com menção honrosa em 2018, foi coordenador também dos festivais, Cinerada, Festival TV Caiçara e Festival Zélia Amador de Deus. Assume o cargo de Conselheiro da região Norte.

Maíra dos Santos Oliveira

Conselho Sudeste

Maíra Oliveira é roteirista, dramaturga, escritora e educadora graduada pela UERJ, autora dos livros “Mari, a sementinha”, “Que saudade da minha vó!”, de diversas antologias e dos espetáculos teatrais “Yabá: Mulheres Negras” e “Duas Fridas”. É professora de roteiro e consultora de projetos audiovisuais, tendo atuado nos Prêmios e Laboratórios de roteiro Cabíria, Rota, Série Lab, Usina do Drama, Fade to Black, Griot, Novos Talentos da Gullane, Curitiba Lab, Panlab, FLUP/Globo, Visões Periféricas e Segundo Ato da Netflix, tendo orientado quase 200 projetos audiovisuais em diferentes etapas de desenvolvimento. Foi curadora do BrPlot e parecerista de editais da prefeitura do Rio de Janeiro e São Paulo de Teatro e Audiovisual. Diretora do filme “Encruza” (melhor filme no Festival Afronte!), Autora da série “A Magia de Aruna”(Formata/Disney+), roteirista do projeto “Um Ano Inesquecível” nos filmes “Primavera” e “Verão” (Panorâmica/Amazon), “Papai é pop” (Pródigo/Galeria), Ricos de Amor 2 (Ananã/Netflix) e do programa infantil Quintal TV (Delicatesses/Canal Futura – Best Live-Action Television no 39th Chicago International Children’s Film Festival), além de ter atuado no desenvolvimento de séries ficcionais para Globo, Disney+, Canal Brasil, Paramount+ e outros. Foi Presidente da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) de 2021/22..

Anna Andrade

Conselho Nordeste

Anna Andrade é realizadora, produtora e distribuidora audiovisual, tem especialização em Gestão de Projetos e é fundadora da Tarrafa Produtora, produtora independente, feminina e negra localizada no Recife (PE). Trabalha com desenho e gestão de projetos, produção e produção executiva, tradução e legendagem de conteúdo, atividades de formação e distribuição. É idealizadora e coordenadora da Aquilomba – Seminário de Cinema Negra do Nordeste, produtora da Semana do Audiovisual Negro (PE), curadora do ROTA – Festival de Roteiro Audiovisual, e Conselheira da APAN – Associação de Profissionais do Audiovisual Negro na representação da Região Nordeste. Participou do Locarno Industry Academy 2020 e tem 8 anos de experiência em planejamento e estratégia de distribuição de curtas e longas-metragens. Coordenou a distribuição do filme “Medida Provisória”, dirigido por Lázaro Ramos, e “A Viagem de Pedro”, filme de Laís Bodanzky, que estreou nos cinemas brasileiros em 1o de setembro. Integra a equipe de coordenação do FIANb – Festival Internacional do Audiovisual Negro do Brasil, e atualmente está em fase de produção de seu documentário “Chapéu de Fogo”.

Raylson Chaves

Conselho Centro-Oeste

Bisneto da Margarida, neto da Josefina e da Sebastiana, filho da Sônia e do Wilson. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Pesquisador e Realizador de Audiovisual em Mato Grosso do Sul. Fundador do Coletio Aiê de Cinema Negro. Diretor, roteirista e produtor dos filmes: “Aldeinha – (re)existindo” (2018), “Os amigos que se encontraram na Aldeia” (2019), “Mihe’aka Voxené: Simoné VeyopéÛti” (2019) e “O Pantanal é Preto” (2022). Em 2021, foi Produtor Executivo dos filmes: “A Margem é o Centro” e “Eu temo que não amanheça” financiados via Lei Aldir Blanc. Em 2023, desenvolveu seu curta de ficção “Águas”, financiado pelo I Prêmio Ipê de Audiovisual da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Gabriel Borges

Conselho Sul

Gabriel Borges é pontagrossense, montador, curador, cineclubista, pesquisador e, às vezes, diretor de cinema. Mestrando em Cinema e Artes do Vídeo pela Unespar, Gabriel tem experiência na realização e edição de filmes de curta e longa-metragem e na organização e programação de mostras e festivais de cinema, entre eles o III Griot – Festival de Cinema Negro Contemporâneo, o 6o Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro e o 11o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Suplentes

Nara Adriana da Silva

Roteirista , escritora, produtora cultural e proprietária da Criativa Roteiros, também escreve HQs. Formada em Comunicação Social com ênfase em Turismo e pós graduada em Cinema e Linguagem Audiovisual filiada a ABRA e APAN. Tem 02 curtas produzidos, um de ficção e outro documentário, ambos premiados onde assina o roteiro. Participou do Laboratório de Narrativas Negras para o Audiovisual da Flup 2020.

Adriana Gomes Silva

Adriana Gomes, mãe, produtora cultural e audiovisual, educadora popular e militante de movimentos sociais do campo e das periferias do DF. Integrante da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN). Atuou como júri do 2o Prêmio Zózimo Bulbul no 55o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Diretora de produção e artística do Motriz – Festival de Cinema de Planaltina. Curadora do Festival Taguatinga de Cinema desde a sua 11a edição. Dedica-se atualmente na elaboração e gestão de projetos culturais e educacionais. Doutoranda em Artes Cênicas (PPGCen/UnB).

Rosy Dayane do Nascimento Costa

Rosy Nascimento é cineasta natural de Natal (RN). É mestranda no Programa de Pós- graduação em Estudos da Mídia (PPgEM/UFRN), no qual pesquisa os cinemas indígenas e negros do Rio Grande do Norte. Possui Bacharelado em Comunicação Social – Audiovisual (UFRN). Constrói a Articulação Negra e Indígena do Cinema e Audiovisual do RN (ANIAC/RN), o coletivo Mulungu Audiovisual e o Cineclube Mulungu. Coordena a produção e realiza a curadoria da Macambira – Mostra de Cinema de Realizadoras (RN). Tem interesse por estéticas e poéticas afro-ameríndias.

Rodrigo Santos de Souza

Diretor, roteirista e montador. Foi integrante do FIM, festival amapaense de cinema. Somando 10 anos de atuação no audiovisual e 21 trabalhos creditados. Dentre eles os documentários “Montanha Dourada” de Cassandra Oliveira e”Utopia” de Rayane Penha e o longa ficcional “Eu sou mas eu” de Fábio Zanoni que atuou como montador. Como diretor, destaque para os clipes, “Ontem a noite ela sumiu”, “Décimo primeiro mês” e o curta ficcional “E nós tínhamos água a vontade”.

Por que (r)existimos?

Para garantir a construção e manutenção de políticas públicas afirmativas para o setor  audiovisual que sejam comprometidas com a equidade e com a democratização dos pontos de vista de raça e gênero.

Desde nossa fundação em 2015, nosso compromisso é de articulação contínua dos profissionais do audiovisual negro das cinco regiões do Brasil, aliada a missão de consolidar em todos os elos da cadeia produtiva do audiovisual a presença de pessoas negras, a promoção de nossas narrativas de forma a transformar a percepção da sociedade com relação à negritude; combater o racismo estrutural e referenciar possibilidades de construção coletiva dentre pessoas negras nas políticas públicas e no mundo do trabalho.

Nossa memória

Nossa memória, nossas conquistas: honrando os caminhos trilhados pelos que vieram antes de nós.

2015 – Fundação da organização

2016 – APAN como entidade formal

Em 2015, 20 cineastas negres de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador entenderam a urgência e a potência de fundar uma organização para representar os interesses de profissionais negres no setor audiovisual brasileiro. O objetivo: resistir a um processo de negação de nossas existências, corpos, vozes e obras nos espaços de poder e de tomada de decisão e trabalhar pelo desenvolvimento das políticas públicas para o setor.

Para seguir numa construção histórica na qual nós negros somos essenciais para existência da nação brasileira e sua produção audiovisual, compreendemos a importância de uma articulação política atenta a um debate racial, como fizeram também Zózimo Bulbul e Joel Zito Araújo.

Zózimo Bulbul – que encontrou no Cinema Novo a possibilidade de narrar o mundo a partir de si, ressignificando a imagem dos corpos negros por ele próprio – com sua obra-prima, o filme. “Alma no Olho” (1973) e no fim da década de 90, Joel Zito Araújo, cineasta negro e Doutor em Ciências da Comunicação pela ECA/USP com sua tese  “A Negação do Brasil” – que analisa as estereotipias de representação ao negro (obra que também virou documentário)

2019 – Primeiro eleição para descentralização

O compromisso com a construção de um audiovisual brasileiro, pautado no debate racial, de gênero e territorialidade, bases para uma real  democratização e a descentralização do setor, tomam corpo em nossas ações em 2019 na primeira eleição que forma cm o conselho fiscal e deliberativo, com uma representação e de cada região do Brasil. O objetivo do conselho: criar um discurso consistente de diversidade, sem silenciar ou oprimir as pessoas negras associadas, com um olhar atento às desigualdades e desníveis de acesso presentes nossa realidade.

2020 – APAN Formações, RAIO, TodesPlay

2020 – FIANB

2021 – FAPAN

2022 – Encontro Nacional APAN

Nosso quilombo, nossa força

A participação das mais de 950 pessoas associadas, acontece em uma  assembleia bimestral. Outro campo de atuação dos associades são os Grupos de Trabalho, que hoje somam seis, a saber: distribuição, formação, legislação, fomento, articulação e projeto que, de maneira autônoma e em diálogo direto com a representação institucional, constroem suas discussões e proposições.

As ações da APAN são ações em construção e reconstrução, são ações de escuta das demandas de seus associades e que estão atentas ao movimento de mercado e movimento de um país. Há lutas históricas no fazer cotidiano desta associação, mas há também ações que partem de uma resistência que desconhece a crise de um setor e reconhece a crise de um projeto de país e nação que nos violenta, silencia e mata diariamente e, dentro desta crise sistêmica, está também o setor cultural e audiovisual. Há, portanto, uma luta histórica e há, também, uma adaptação aos momentos políticos do país e do setor cultural; ao passo que há expansão, ampliação, há passos e pausas estratégicas para lidarmos com um olhar que identifique  retrocessos e silenciamentos, para restabelecermos negociações, para negarmos outras negociações. Todas essas ações feitas, mantidas e atualizadas pela mesma missão de consolidar a presença de pessoas negras e nossas narrativas em distintos elos de ação e representação.

2023 – Todes Juntes em construção

Quilombo é uma história, é uma palavra que tem história, afirmou Maria Beatriz Nascimento. Honramos, celebramos e seguimos construindo essa história como apan, como artistas, como povo negro deste país.